domingo, 22 de julho de 2012

QUESTÃO DE PERSISTÊNCIA



Não poderia deixar de partilhar este texto da abarrigadeumaarquitecto onde o Daniel Carrapa fez-nos o favor de traduzir uma argumentação do Ira Glass, personalidade pública da rádio americana, que vai de encontro a algumas discussões que me vejo envolvido ultimamente...  Enquanto jovens criadores temos de aceitar as nossas limitações e enfrenta-las com confiança, trabalho e uma boa dose de humildade,  talvez assim consigamos singrar num mercado atrofiado, não por sorte mas por mérito.

Fica a transcrição: 

"Ninguém diz isto a quem está a começar. Eu gostava que o tivessem partilhado comigo. Que todos nós, que fazemos trabalho criativo, somos atraídos para aqui porque temos “bom gosto”. Mas deparamo-nos com esta distância inultrapassável. Durante os primeiros anos em que estamos a fazer coisas, elas não são tão boas assim. Está a tentar ser bom, tem potencial, mas não chega lá. Agora o teu gosto, essa coisa que te atraiu esta área, está a funcionar em pleno. E o teu gosto é a razão pela qual o teu trabalho te desilude.
Muitas pessoas nunca ultrapassam esta fase. Desistem. Mas quase todas as pessoas que eu conheço, que fazem trabalho interessante, criativo, passaram por isto durante anos a fio. O tempo em que sabemos que o nosso trabalho não tem aquela chama especial que nós gostaríamos que tivesse. Todos passamos por isto. E se estás apenas a começar ou se estás a passar por esta fase, tens de saber que isto é normal e que a coisa mais importante que podes fazer é trabalhar muito. Só depois de teres atrás de ti um volume grande de trabalho é que conseguirás atravessar essa distância e o teu trabalho será tão bom como as tuas ambições. Eu demorei muito tempo a compreender isto. Demora tempo. E é normal demorar tempo. O que tens de fazer é lutar para percorrer esse caminho."

...digamos, uma questão de persistência.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Fosco Lucarelli


Microcities, Fosco Lucarelli. Grundrisse – Housing Solutions for the Immaterial Worker, 2011

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Architravel:Itinerários



Depois de meses de manifestações contra o aumento das propinas, os estudantes da região canadiana do Quebeque regressaram às ruas para protestar contra a nova lei do governo que, segundo eles, limita o direito de manifestação. Este foi o itinerário da manifestação enviado à policia.

terça-feira, 29 de maio de 2012

o arquinauta ou se preferirem: THE ARCHINAUT




A Tecnologia Digital em geral e a Internet em particular, têm sido hibridizadas de uma forma tão íntima quanto os nossos comportamentos. Numa sociedade completamente mediatizada, onde uma parte significativa da arquitectura desenhada não é materializada surge um novo mundo... um mundo digital, onde o valor do desenho assume uma importância acrescida, gerando uma série de códigos que levam a pensar a arquitectura de outras formas.  
A capacidade de manipular a realidade, criar ficções ou narrativas utópicas  que as ferramentas digitais permitem, facilitará cada vez mais a antecipação do futuro e abrirá portas para novos nichos de mercado. Neste mundo onde a arquitectura mediatizada não é construída, o valor do desenho ganha uma importância acrescida, quer pela sua capacidade de saltar barreiras que a sociedade normalmente tem dificuldades em entender, quer pelo caracter especulativo ou delirante  que podemos atribuir à relação do desenho e à construção. Há que chame a tudo isto o pós-digital...
ver:  JA244

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Hexagonal Stool



Max Lamb inspirado por uma infância passada pelas praias inglesas, criou uma pequena fundição em Caerhays utilizando apenas areia como molde e estanho fundido como matéria... bem, não conto mais... vejam o video e surpreendam-se.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Sobreviventes


quando a melancolia exalada é reconfortada pela estrutura em ruína...
imagens por Eric Tabuchi

quarta-feira, 20 de julho de 2011

MARKUS KAYSER - SOLAR SINTER PROJECT

O projecto de Markus Kayser - Solar Sinter - é uma impressora 3D em que a extrusão é criada a partir da fusão de areia com a ajuda da força bruta do sol. Esta pequena fábrica de gasto ZERO explora o potencial do deserto, em que energia e matéria-prima existe em abundância e poderá ser o mote para novas ideias.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

JEAN PROUVÉ

Não há muito tempo descobri Jean Prouvé (1901-1984) um autodidacta que se dedicou sobretudo à construção de estruturas industriais. O video seguinte faz parte de uma série que nos mostra como montar as peças deste arquitectos francês que se podem ver aqui.


domingo, 26 de junho de 2011

PENSAMENTO ORIGINAL (arquivolução RESPOSTA 8)


O tempo não tem sido muito, no entanto, fica aqui o compromisso de sempre que possível deixar alguma posta sobre temas mais ou menos interessantes. Hoje trago uma citação do novo livro Campo Baeza - Pensar com as mãos - que fala sobre o futuro e sobre o ponto fundamental da criação arquitectónica, as ideias.

«Creio que no futuro está no pensamento original capaz de geral formas com sentido do que na fátua novidade formal. Mais na liberdade consciente do que no capricho arbitrário. Mais na originalidade profunda do que superficial, mais sábia do que original, mais lógica do que engenhosa. Apoiada em estruturas capazes de construir o espaço arquitectónico. Iluminada pela luz capaz de construir o tempo. Uma arquitectura que domine a gravidade e a luz. Capaz de permanecer, de ficar na memória dos homens, na História.»

quarta-feira, 8 de junho de 2011

HEDONISTIC SUSTENTABILITY



via TED

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A OPORTUNIDADE DO VAZIO


Duchamp afirmava que a atitude artística reside não no objecto em si mas, na atitude intelectual de escolha do próprio objecto, num processo de apropriação onde o objecto é convertido numa visão ou atitude conceptual pelos olhos do artista, que lhe atribui novos significados e assim, uma nova vida. Deste modo, a apropriação conduz a uma (re) contextualização que leva o espectador a um olhar diferente sobre o objecto ou espaço, conduzindo a um questionamento do mesmo, conferindo-lhe novas simbologias e definições.

sábado, 15 de janeiro de 2011

O QUE VEMOS LÁ FORA...


Uma cidade fragmentada, multiforme, antagónica, de complexas articulações e limites. Um cenário urbano que se mostra cada vez mais agressivo, afastando-se das necessidades sensoriais e emocionais do Homem que a observa, NÃO possibilitando a materialização dos seus desejos.