quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

I Met the Walrus (Melhor Curta Animação 2008)



Em 1969, Jerry Levitan, então com 14 anos, conseguiu entrar no quarto de hotel onde John Lennon estava hospedado em Toronto, munido de um gravador de rolo e convenceu o ex-beatle a conceder-lhe uma entrevista. 38 anos depois a mesma entrevista tornou-se uma animação chamada “i met the walrus” feita pelo próprio Levitan em parceria com o diretor Josh Raskin e o ilustrador James Braithwaite. Acabando por vencer o Oscar de melhor curta animação 2008.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

INSERIR OBJECTOS PRIVADOS NO ESPAÇO PÚBLICO

Tadashi Kawamata utiliza objectos frágeis para trazer à mente abrigos de desalojados que insere na paisagem urbana como método de renegociar o significado de ambos. Nas suas estruturas vislumbra-se o apelo visceral que o próprio objecto tem sobre si mesmo.



Um dos seus últimos trabalhos encontra-se de 2 de Outubro a 31 de Dezembro no Madison Square Park, onde se podem ver um conjunto de cabanas no alto das árvores. As cabanas parecem ser inacessíveis pelo tronco das árvores perfuradas, todo o desenho leva-nos para a dualidade entre as árvores que lembram cabanas e as cabanas lembram criações de crianças, criando assim uma nova atmosfera, um novo simbolismo na co-relação jardim/utilizador.


segunda-feira, 20 de outubro de 2008

LICHTFAKTOR





Novas formas de graffiti têm surgido através de grupos como o LICHTFAKTOR. Onde em vez de imagens ou permanente lettring a rua ganha vida com luz. Este grupo utiliza lanternas, LED's, piscas, etc... para dar aso à sua criatividade sem qualquer dano do patrimônio público ou privado. É interessante assistir à efemeridade deste acto artístico quase residual que resulta em imagens de belo impacto.

Home Delivery: Fabricating the Modern Dwelling

"Home Delivery: Fabricating the Modern Dwelling", exposição que vai estar presente a partir do dia 20 de Outubro no museu MoMa de Nova York. Esta exposição centra-se no passado, presente e futuro da habitação pré-fabricada onde a diversidade processual, formal e inovação tecnológica sobressaem. É interessante este tipo de exposição que contraria o star system instalado e procura novos conceitos de produção de um tipo de habitação que se pretende tornar generalizado e em série.



SISTEM 3/desenhada pelos arquitectos austríacos Oscar Leo Kaufmann e Albert Rüf




Micro-Compact Home/desenhada por Horden Cherry Lee Architects (Londres) + Haack + Höpfner Architects (Múnich)

mais videos:
MoMavideos/youtube

Existirão afinal arquitectos insuficientes no mundo?




Com uma cobertura de plástico estendida sobre estacas atadas a qualquer coisa que se encontre, pode-se fazer uma "vivenda". Estas "vivendas" formam grupos e configuram campos de refugiados de todo o planeta desde o Afeganistão ao Burundi, na Sérvia, Nepal, Cambodja, Irão, etc, etc, etc...
Segundo a ONU, um refugiado é todo aquele que atravessa a fronteira do seu país para escapar à perseguição, fome guerra ou crises ambientais, ora, em todo o mundo existem 14 milhões de pessoas nestas condições. Na actualidade há centenas de organizações humanitárias que operam em todo o mundo para atender a este problema, no entanto são poucas as que se dedicam à "vivenda".Seguramente que estas situações abrem uma questão: onde andam os arquitectos, os urbanistas e planeadores urbanos, as pessoas indicadas para estudar e dar solução a este tipo de problemas?
A arquitectura moderna criou-se, entre outras coisas, uma forma a proporcionar às massas construções dignas, esteticamente agradáveis, práticas e baratas. A Bauhaus, por exemplo apontava construções dignas para a classe trabalhadora. Le Courbosier contribuiu ao fundar o Congrès Internationaux d' Architecture Moderne onde defendia cidades salpicadas por torres residenciais acessíveis.
Dado que a população mundial, assim como, as disparidades sociais estão num continuo-o crescente é um disparate o arquitecto só projectar para classes, sobretudo, média/alta. No entanto há exemplos como o do arquitecto Hassan Fathy que a partir dos anos 30 ensinou aos egípcios pobres como construir casas com ladrilhos de barro ou associações como os arquitectos sem fronteiras, ou ONG's como a architecture for humanity.
Parece-me sem sobra de dúvidas que modelos alternativos de módulos de emergência são um campo a explorar devido às soluções existentes em situações verdadeiramente graves serem pouco práticas e consequentemente obsoletas.
Ora, no mundo existem quase mil milhões de pessoas que vivem em lugares improvisados, em comunidades sem qualquer tipo de planificação ou ordenamento, sem qualidade de vida e com baixissímos recursos económicos... para estas pessoas não existe, certamente, International Style.
Não terá a arquitectura uma palavra a dizer sobre isto?! Existirão afinal arquitectos insuficientes no mundo?

A COR NA ARQUITECTURA

Este arquivo pretende expor a importância da cor na história da arquitectura.

Posso afirmar que a cor assume diferentes significados ao longo da história, e está sempre ligada a formas de expressão arquitectónica.
Os gregos pintaram com vermelhos e azuis os seus templos de mármore branco, com vista a realçar certas partes das ordens, tal como os egípcios pintaram de forma brilhante os seus templos. As basílicas cristãs primitivas tinham as suas paredes e abóbadas interiores cobertas de mosaico com figuras bíblicas e símbolos cristãos, tal como as igrejas góticas estiveram animadas com a cor resultante não só nos seus vitrais coloridos como também nas suas pinturas já desaparecidas. Os arquitectos renascentistas interessaram-se mais pelas composições claras dos seus edifícios, restringindo o uso da cor ao branco, creme e cores escuras. Porém no período Barroco a cor voltou a tornar-se num elemento importante do desenho e embelezamento.
Em Portugal, o amarelo estava associado ao Estado Novo, em contraposição estava o branco e a “pedra” nas zonas rurais que transmitiam simplicidade e humildade arquitectónica, muito associadas ao neo-realismo. O branco da cal não surge como norma higiénica, mas sim como uma nova norma de natureza cultural e ideológica.
O grande cisma da cor sucedeu apenas muito recentemente. As condicionantes culturais direccionaram-se para o purismo formal para o funcionalismo, que implicou um monocromatismo arquitectónico. O racionalismo neoplástico e minimalista impôs o elementarismo cromático; construtivismo e muito mais tarde o brutalismo, recusaram os revestimentos e regressaram às “cores autênticas” dos materiais, deixando-os à vista. Na revolução industrial o mundo Moderno seguiu uma lógica mais pragmática e mecanicista, procurou a eficiência e economia maior poder de cobertura e uniformidade de acabamento. Procuraram-se qualidades que se julgavam imprescindíveis para revestir uma arquitectura moderna, feita à imagem e semelhança da máquina.
A cor de uma arquitectura será sempre a cor dos próprios materiais, ou seja das soluções de materialização ou de revestimento das suas superfícies.
As cores na arquitectura, e na cidade, são inalteráveis uma vez que a luz solar possui sempre as mesmas características. Mas um estudo cromático não se pode restringir ás fachadas dos edifícios, embora sejam as mais visíveis. Existem muitos outros factores que irão condicionar a imagem urbana e que no seu conjunto, criam a especificidade cromática de um sítio.
A imagem urbana é construída pelo somatório de todas as pequenas e singulares contribuições que no seu conjunto, criam a expressão de um todo. Assim comos os ritmos, cheios e vazios arquitectónicos.