domingo, 26 de setembro de 2010

Solar South Park (arquivolução RESPOSTA 6)


Está a ser realizado um concurso de ideias no Sul de Itália, em que se pretende renovar ou reutilizar um viaduto que faz parte da rodovia que liga Salerno-Reggio Calabria. Este trecho rodoviário vai ser desactivado e uma nova estrada vai ser construída nas proximidades, o que levanta o problema de como utilizar a infra-estrutura existente. Actualmente, o júri do concurso ainda está em deliberação sobre qual o melhor projecto, no entanto, recentemente foram publicadas, no inhabitat, imagens de uma das ideias a concurso produzida pelo atelier Ja StudioInc. Este atelier propõe, ao contrário da demolição, usar este viaduto e as sua extraordinária estrutura, interligando esta estrutura totalmente com a paisagem, através da criação de uma cidade parasitária que se vai desenvolvendo, utilizando energias renováveis, experimentando novas formas de protecção do ambiente tirando partido da arte da terra capaz de estimular um turismo responsável.


A proposta não é um parque solar ou de energias renováveis, mas um parque ecológico que gera conexões rápidas entre as famílias e o meio ambiente envolvente.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

MOMENTOS - curta



Já dizia Pessoa: «O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.»

Esta curta, do Nuno Rocha, é sublime...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A INADAPTAÇÃO DOS SISTEMAS


A eficiência é um dos valores mais repetidos na sociedade actual. Uma obsessão que vem de longe e foi mesmo considerada como um critério para medir a evolução da cultura industrial.
É certo o aumento anual de energia per capita (Portugal registou um aumento de 80% no período de 1990-2004) o que cria relações de extrema complexidade na gestão energética, se não vejamos o seguinte exemplo: um agricultor na Nova Guiné, devido ao seu trabalho ser manual, com uma unidade de energia produz entre 10 a 20 unidades de energia para consumo, enquanto que na dita agricultura moderna são utilizados cerca de 45 unidades de combustível fóssil para produzir 20 unidades de energia disponível aos consumidores no supermercado podendo-se concluir que o nível de vida superior que possuem as nações industrializadas não é consequência de uma eficiência produtiva, mas de um grande aumento da quantidade de energia disponível por pessoa.
Porque produzimos assim os nossos alimentos?, porque desperdiçamos a energia que há no ambiente e não a aproveitamos?, porque continuamos a construir cidades para os automóveis?, porque se o arquitecto tem em seu poder a responsabilidade de no acto de projectar dotar o desenho com características que minimizem o impacto ambiental do futuro (i)móvel no meio ambiente, o continua a não fazer?
o projecto de arquitectura tem o poder educador sobre a sociedade em que actua, devendo tirar o máximo de partido das potencialidades produtivas, turísticas e de gestão paisagística utilizado os recursos locais.
Só assim poderemos contribuir para uma cultura ecológica que entenda a paisagem e que respeite a complexidade dos sistemas ecológicos.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

...3 meses

Passaram-se quase 3 meses desde o ultimo post. A escassez de tempo nos meses de Junho e Julho aliada à descompressão necessária e realizada em Agosto fizeram com que o ensaio se limita-se apenas a existir durante este tempo...

Num ano em que a trienal deixa de fora a cidade do Porto, Setembro arrancou com o congresso internacional AICO, realizado pela DARCO Magazine em parceria com a JOFEBAR que, infelizmente não trouxe debate! em parte por culpa da organização que não o soube potenciar, apesar do bom painel de convidados e moderadores, e por outro lado, talvez o pragmatismo em que a disciplina se vê envolvida não deixe espaço para o pensamento “filosófico” ou preocupações politizadas!? Talvez a imposição de adaptação rápida às condições específicas de uma profissão cada vez mais tecnocrática façam do arquitecto um profissional que responde a encomendas cuja natureza não deve ser questionada, competindo-lhe apenas executar bem!?... difícil, a tarefa para plateia que, se viu bombardeada por uma quantidade colossal de imagens ao longo de seis dias. No entanto, a ressalva de dois atelier's ambos sul-americanos, na minha opinião as surpresas do congresso...