sábado, 20 de fevereiro de 2010

The Berg (arquivolução RESPOSTA 4)


No dia 31 de Outubro de 2008 as autoridades berlinenses convocaram um concurso de ideias para ver o que se poderia fazer com a grande extensão de terreno, antes ocupada pelo aeroporto de Tempelhof em pleno centro de Berlim.
O Governo central queria realizar um conjunto residencial, ideia que que não pareceu correcta ao jovem arquitecto catedrático da Universidade Técnica de Berlim Jakob Tigges, que afirma que em Berlim o que não falta são vivendas vazias.
Apartir deste ponto de vista surge The Berg, uma montanha artificial de 1000 metros... é sem dúvida uma das coisas que faltam a Berlim!

No manisfesto escrito por Jakob Tigges pode ler-se «As grandes e mais ricas cidades do mundo sempre procuraram os limites da arquitectura, edificando gigantescos hotéis com formas fantásticas, erigindo altíssimos arranha-céus para escritórios e construindo templos filarmónicos que parecem flutuar sobre a água.» Berlim quer ter uma montanha! E já conta com um alargado grupo de fãs no facebook!

Esta proposta afirma-se como uma utopia onde, a criação de uma montanha artificial e todos os benefícios que trará o aparecimento de todo um novo ecossistema, como por exemplo a melhoria das condições ambientais, a diminuição da poluição num lugar que é ocupado por um aeroporto, a criação de um novo espaço de turismo/lazer na cidade será uma importante mais valia económica, logística e ambiental para a cidade de Berlim. O desenvolvimento desta proposta vai ao encontro das necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade de desenvolvimento próprio das gerações futuras, sustentável portanto! Isto pode assustar, e alguns leitores ficarem a pensar nos gastos energéticos que o desaterro e transporte das terras, rochas, vegetação, etc... necessários para a criação de uma infraestrutura como esta provocarão?! No entanto, após o período de construção e maturação desta estrutura o seu potencial é inegável.
A resolução de problemas gerados na cidade, como a poluição, não passa somente pela gestão sustentável das cidades, mas também pela necessidade de uma nova organização do território assumindo usos mistos do espaço urbano, com a coexistência de pessoas, actividades e sistemas ecológicos que podem melhorar a qualidade do ambiente urbano.

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