
Após uma breve leitura da noticia publicada na edição do dia 27 de Agosto do Público, dando conta do lançamento de uma campanha anti-marquises, fiquei inquieto. Resolvi ler todos os 139 comentários deixados pelas mais variadas pessoas, dirigi-me ao meu quarto onde os meus pais fecharam uma varanda clandestinamente de forma a aproveitar os 2,5 metros quadrados para fazer um escritório e....
...Afinal qual é o problema da marquise? Até o Cavaco Silva tem uma... Ups, não era bem isto que queria dizer...
As marquises são um problema estético, são apêndices disformes resultantes, na maioria dos casos, de um problema maior, o próprio prédio. Sem dúvida que, para o aparecimento desta iniciativa em muito contribuíram os chamados "entendidos", "desenhadores", "engenheiros" que mais não foram do que verdadeiros "patos bravos" que no momento da sua êxtase criativa se esqueceram das mínimas comodidades e serviços para os utilizadores das suas pequenas maravilhas arquitectónicas.
Com efeito, há décadas que o país padece deste mal, que o vai desfigurando aos poucos, e, pior, se vai "instalando" onde não devia, a começar pelos regulamentos das próprias Câmaras Municipais que, em vez de serem claros quanto à necessidades de as impedir, por ilegais, e combater; antes as aceitam e aprovam, invertendo assim, os princípios que deviam reger as cidades.
É de louvar esta campanha movida pelo Sr. Luís Mesquita Dias, apoiado pelo Ministério do Ambiente assim como, qualquer uma que tente parar a degradação do nosso país, melhorando a nossa paisagem urbana.
P.S.: A jornalista Ana Henriques começa o ultimo paragrafo com o seguinte: «com o bastonário dos arquitectos, João Rodeia, a ignorar a campanha que aí vem. Mas congratula-se por um particular ter resolvido chamar a atenção para o problema»
...parece-me que anda alguém a dormir mas, isso já dava para um novo post.