
Deserto que pode ser analisado como o resultado de uma dinâmica onde o Homem percebe a sua humanidade na razão directa da sua capacidade para dominar a natureza e os outros Homens, sendo incapaz de reconhecer a sua limitação!... um homem que cria, recria, modifica, explora coloniza, domina, mas, é cada vez mais escravo da sua criação por estar preso à vontade crescente de dominar o mundo, o Homem Paranoide!
Homem que modifica a natureza segundo o seu desejo de domínio, que concebe tecnologias cada vez mais avançadas e um meio ambiente cada vez mais artificial, é também produto daquilo que cria, um objecto do progresso que convive com a angústia da solidão. Sente-se inadaptado à situação presente da cidade, que o conduz a uma tentativa de construção da experiência fora dos paradigmas estabelecidos, como que numa vontade permanente de por à prova um sistema cuja falência antevê, dado o carácter inumano que esta alcançou, pela colocação de prioridades que, em vez de contribuírem para o bem-estar geral, servem os interesses de poucos. O que origina um colapso na fé dos grandes sistemas filosóficos explicativos como promotores de uma melhor compreensão do mundo e uma descredibilização do nosso sistema político, para a qual contribui a crescente marginalização social de vários segmentos da população mundial. A coexistência de altos níveis de desemprego, a degradação dos grandes centros urbanos, cria uma frustração social generalizada, que abala profundamente a crença do Homem contemporâneo na efectiva realização dos seus ideais. Levando-me a acreditar que o grande paradoxo social actual é o Homem conviver dia a dia com uma grande quantidade de pessoas e ao mesmo tempo sentir-se solitário.
MAS QUE RAIO???!!!
1 comentários:
Como eu te percebo amigo...
Um bem haja Arquitecto!
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